PERFORMANCES
King Lear
Um espetáculo teatral da Companhia JGM a partir da obra homónima de William Shakespeare que nos fala da fragilidade humana e no qual Gustavo Antunes trabalha como assistente de encenação com o encenador João Garcia Miguel.
Entre 2006 e 2009 pegámos pela primeira vez num texto de William Shakespeare: King Lear. E dando-lhe um tom de arte popular e fazendo do rei um fingido cidadão e um clown experimental reconstruímos com dois atores as vinte e muitas personagens da peça original. Agora década e meia depois o regresso ao texto com três companheiros de viagem, três atores que de novo incentivam o processo de reflexão acerca e sobre para que importa e para que serve o teatro nos dias de hoje. De novo nos armamos de perseguidores e fomos em busca das sensações profundas. Das coisas transcendentais que nos tocam à superfície e nos empurram nas profundidades do existir. Adaptação, Direção e Espaço Cénico: João Garcia Miguel
Intérpretes: Chico Diaz, Cassiano Carneiro e Sara Ribeiro Música: Sickonce Figurinos: Rute Osório de Castro Gráficos Visuais: Rúben Santos Assistência de encenação: Gustavo Antunes Direção Técnica e Produção Executiva: Roger Madureira Produção e Vendas: Janine Lages Fotografia: Mário Campos Rainha Comunicação: Mockingbird Apoio Técnico: AUDEX |
ergue-te ó Sol
A Companhia João Garcia Miguel e o Teatro Ibérico saem fora de portas com o espetáculo teatral ERGUE-TE Ó SOL no Parque Bensaúde (S. Domingos de Benfica, Lisboa) e na Mata dos Medos (Fonte da Telha, Almada) de 24 a 31 de julho de 2021.
O projecto Filhos de Nenhures de onde emana a peça ERGUE-TE Ó SOL — é uma iniciativa bianual da Companhia João Garcia Miguel e do Teatro Ibérico com o objectivo de dar voz e corpo a actores emergentes, os valores artísticos do futuro e que aqui desafiamos a se juntarem connosco para com eles aprender caminhos. Com eles abrimos vontades ao meio e colocamo-nos entre a consciência e o inconsciente, o supercivilizado e o selvagem, o masculino e o feminino, a noite e o dia, a lua e o sol ou ainda entre a música do corpo e o silêncio. Empurrados por um texto e uma música renascemos com este projecto. O texto é ANDAR A PÉ de Henry David Thoreau e a música de onde retirámos o título é o CORO DA PRIMAVERA de José Afonso. Texto: Henri David Thoreau Encenação: João Garcia Miguel Tradução: João Osório de Castro Interpretação: Gustavo Antunes, Julia Medina, Lena Edvardsen, André Marques e Rodrigo Trindade Figurinos: Rute Osório de Castro Imagem Gráfica: Ruben Ferreira Assistência de encenação: Sara Ribeiro e Mariana Ballardin Direção Técnica Companhia JGM: Roger Madureira Direção de Produção Companhia JGM: Georgina Pires Produção e Vendas: Janine Lages Direção de Produção Teatro Ibérico: Rita Costa e Inês Pires Direção Técnica Teatro Ibérico: Miguel Dias Produção Executiva: Pedro Bedim Apoio à Divulgação: Telmo Botelho Assessoria de Imprensa: The Square, Raquel Alfredo Apoio Técnico: AUDEX |
Gustavo Antunes participa do Festival Novas Invasões em Torres Vedras de 2 a 5 de setembro de 2021.
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Peça-poema #3 | Vozes do Mar
Vozes do Mar tem suas fronteiras borradas entre o teatro, a música e a performance. Através de cantos e poemas, convidamos o público a uma viagem poética inspirada pelo imaginário marítimo. Vozes que cantam e dizem o mar e sua imensidão, enredando diferentes histórias, sentimentos e temas: o desejo de liberdade, o medo do desconhecido, o amor, a saudade, a finitude, a vida. Projeto selecionado em chamada aberta pela associação Lugar Específico para criação e apresentação no Festival PARApeito.
Lisboa, apresentações em maio e junho de 2021.Mais informações sobre o Festival PARApeito.
Criação e Direção: Gustavo Antunes e Julia Medina
Interpretação: Gustavo Antunes, Julia Medina e Miriam Freitas
Produção: LAP - Laboratório de Artes Performativas
Co-produção: Associação Lugar Específico
Apoio: Pólo Cultural Gaivotas | Câmara Municipal Lisboa
Lisboa, apresentações em maio e junho de 2021.Mais informações sobre o Festival PARApeito.
Criação e Direção: Gustavo Antunes e Julia Medina
Interpretação: Gustavo Antunes, Julia Medina e Miriam Freitas
Produção: LAP - Laboratório de Artes Performativas
Co-produção: Associação Lugar Específico
Apoio: Pólo Cultural Gaivotas | Câmara Municipal Lisboa
Peça-poema #2 | Confissões ou Uma Autobiografia sem Factos
O Livro do Desassossego é nesta performance a chave de acesso a diversas interrogações e confissões do próprio ator-performer, chave de acesso à sua autobiografia sem factos. Essas duas vidas se confundem, se tocam, se aproximam e se distanciam. O ator vai, com o que lhe é íntimo, ao encontro deste outro (o texto) - e, no encontro, uma constelação de milhares de outras vidas podem ser encarnadas. Uma flecha é lançada do que é particular, pessoal, em direção a algo que supera o individual, buscando atingir algo comum aos seres humanos.
“Escrevo triste, no meu quarto quieto, sozinho como sempre tenho sido, sozinho como sempre serei. E penso se a minha voz, aparentemente tão pouca coisa, não encarna a substância de milhares de vozes (...)” Assim como Bernardo Soares, o ator-performer se pergunta “se sua voz não encarna a substância de milhares de vozes.” Ele oferece seu corpo e seu espírito, na tentativa de comunhão, de transcender a solidão, e de revelar o ser humano e suas incongruências, suas contradições. O actor pode servir aqui como um espelho no qual outro ser humano (o espectador) reconhece-se. Não no sentido de identificar-se com a dor ou alegria do actor, mas no sentido de fazer um estudo de si próprio no contato com aquele ser humano que está diante de si. O actor-performer, ao revelar suas sombras e o desconhecido em si mesmo, para o qual muitas vezes nos negamos - ou não sabemos - olhar, abre a possibilidade ao espectador de também realizar um confronto consigo próprio. Os trechos recolhidos para essa performance revelam, assim, os nossos abismos, a impermanência do sujeito, e nos lança em uma torrente entre a falta de sentido e a busca pelo sentido. Entre o triunfo e a derrota, a ilusão e o real, o desassossego e a paz. Entre a morte e a vida. “Nossa vida é um sonho, não no sentido metafórico ou poético, mas no sentido verdadeiro”. Autobiografia sem factos foi como Fernando Pessoa situou o Livro do Desassossego, escrito em prosa, de modo fragmentário, por Bernardo Soares, a quem considerava seu semi-heterónimo. Estreia na Casa do Coreto, Lisboa, 2020. Criação e direção: Gustavo Antunes Assistência de Direção: Julia Medina Interpretação: Gustavo Antunes Texto: Fernando Pessoa Música: Arvö Part e Meredith Monk Desenho de Luz: João Gomes da Silva Fotografia e filmagem: Dênis Fernandes Produção: LAP – Laboratório de Artes Performativas e Izabel Kloske Apoio: Pólo Cultural Gaivotas | Câmara Municipal Lisboa |
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Confissões pela Umbigo Magazine
“Memórias Inventadas” está dividida em dois pequenos atos. O Ato I foi criado a partir do encontro de um dos poemas do livro "Memórias Inventadas - A Terceira
Infância", do poeta brasileiro Manoel de Barros, com o imaginário do actor-performer Gustavo Antunes. Deste cruzamento surge a trama das ações desta solo performance. Aqui são abordados os conflitos, encontros e desencontros próprios à passagem da infância à adolescência: os medos infantis, a turbulenta relação com pai e mãe, a descoberta da sexualidade, o impacto da paixão são os temas que permeiam a performance.
O Ato II surge de materiais pessoais e íntimos do actor-performer relacionados ao universo da morte de sua avó e à sua infância no bairro da Tijuca na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Este bairro é rodeado por diversas favelas, que têm sido territórios de guerras entre traficantes de diferentes facções, e entre traficantes e policiais. Além disso, por toda cidade do Rio de Janeiro há uma enorme quantidade de moradores de ruas, cujos corpos refletem a imagem da indignidade, da fome e dos flagelos de uma vida desamparada. Assim, a presença das armas de fogo e de tiroteios, os corpos flagelados das pessoas que vagam pelas ruas do bairro, o corpo de sua bisavó , no final da vida, com o lado esquerdo imobilizado por conta de dois derrames são imaginários que rondam o Ato II desta obra. Fotos | Festival em Ericeira, 2020.
Criação, direção e interpretação: Gustavo Antunes
Texto: Manoel de Barros e Herberto Helder
Música: Arvö Part
Infância", do poeta brasileiro Manoel de Barros, com o imaginário do actor-performer Gustavo Antunes. Deste cruzamento surge a trama das ações desta solo performance. Aqui são abordados os conflitos, encontros e desencontros próprios à passagem da infância à adolescência: os medos infantis, a turbulenta relação com pai e mãe, a descoberta da sexualidade, o impacto da paixão são os temas que permeiam a performance.
O Ato II surge de materiais pessoais e íntimos do actor-performer relacionados ao universo da morte de sua avó e à sua infância no bairro da Tijuca na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Este bairro é rodeado por diversas favelas, que têm sido territórios de guerras entre traficantes de diferentes facções, e entre traficantes e policiais. Além disso, por toda cidade do Rio de Janeiro há uma enorme quantidade de moradores de ruas, cujos corpos refletem a imagem da indignidade, da fome e dos flagelos de uma vida desamparada. Assim, a presença das armas de fogo e de tiroteios, os corpos flagelados das pessoas que vagam pelas ruas do bairro, o corpo de sua bisavó , no final da vida, com o lado esquerdo imobilizado por conta de dois derrames são imaginários que rondam o Ato II desta obra. Fotos | Festival em Ericeira, 2020.
Criação, direção e interpretação: Gustavo Antunes
Texto: Manoel de Barros e Herberto Helder
Música: Arvö Part
A Morte Necessária em Pleno Dia
Co-criador e ator-performer no espetáculo teatral "A Morte Necessária em Pleno Dia", baseado no romance escrito por Clarice Lispector, "Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres", com apresentações em espaços alternativos na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, em 2016. Direção: Alain Alberganti.
Co-criador e ator-performer no espetáculo teatral "A Morte Necessária em Pleno Dia", baseado no romance escrito por Clarice Lispector, "Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres", com apresentações em espaços alternativos na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, em 2016. Direção: Alain Alberganti.
Eu Negação Mutação
Ator-performer na vídeo-performance "Eu Negação Mutação", na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, em 2015.
Concepção e direção: Alice Turnbull.
Ator-performer na vídeo-performance "Eu Negação Mutação", na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, em 2015.
Concepção e direção: Alice Turnbull.
OFICINAS & CURSOS DE TEATRO FíSICO
ENSAIO FOTOGRÁFICO
A Sombra da Minha Alma é o Corpo
Livremente inspiradas nas obras Um Sopro de Vida e O Livro dos Prazeres, de Clarice Lispector, as fotografias que compõem este ensaio transitam entre a concretude da imagem fotográfica e a incongruência do sonho. O susto de estar vivo, ser corpo e alma. As imagens-sonho saltam, dançam e voam até onde o limite do próprio corpo e da própria fotografia como objeto permitem. Limite que se expande nos rastro deixados a partir da longa exposição e da sobreposição de imagens. O rastro é vestígio do corpo: sombra e alma. O corpo fotografado escapa de si próprio, se estranha e se procura, assim como Clarice e suas personagens indagam-se sobre o eu e os limites do corpo “O que me importa”, diz a autora, “são instantâneos fotográficos de sensações”. Imagem e sonho. Corpo e alma.
Livremente inspiradas nas obras Um Sopro de Vida e O Livro dos Prazeres, de Clarice Lispector, as fotografias que compõem este ensaio transitam entre a concretude da imagem fotográfica e a incongruência do sonho. O susto de estar vivo, ser corpo e alma. As imagens-sonho saltam, dançam e voam até onde o limite do próprio corpo e da própria fotografia como objeto permitem. Limite que se expande nos rastro deixados a partir da longa exposição e da sobreposição de imagens. O rastro é vestígio do corpo: sombra e alma. O corpo fotografado escapa de si próprio, se estranha e se procura, assim como Clarice e suas personagens indagam-se sobre o eu e os limites do corpo “O que me importa”, diz a autora, “são instantâneos fotográficos de sensações”. Imagem e sonho. Corpo e alma.
Fotos: Gustavo Antunes
Modelo: Julia Medina
Modelo: Julia Medina