A vida é a vida de uma aprendizagem. Aprendizagem de quê? Talvez de “tornar-se o que se é”, se quisermos dizer com Nietzsche, ou a aprendizagem de "tornar-se um ser humano", se preferirmos dizer com Clarice Lispector.

Para nós, o teatro tem sido a garantia de não passar a vida ao largo de nós mesmos. "Talvez haja uma vida pedindo para ser vivida em outras intensidades" (Mário Biagini). Será que posso tocar essa vida?

A atuação como produção de uma música - a música da vibração de singularidades. Vibração de um corpo sustentado por uma corda esticada entre céu e terra. Uma música que apesar de nem sempre alegre tem a alegria de querer destruir tudo aquilo que mutila e desvitaliza a vida e que achata a realidade vivida pelo corpo.

É sobre isso o nosso Workshop. É sobre estar juntos também. Sobre nos encontrarmos e tentarmos libertar-nos da insidiosa contenção que as técnicas cotidianas impõem sobre a vida do corpo, sobre uma energia de desejo.

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